A Raca

A Raca Shorthorn Leiteira

A vaca que preenche todas as necessidades.

Características da Raca

A raça Milking Shorthorn é a mais versátil de todas as raças e este é um dos seus
maiores atributos. São vacas dóceis que produzem com eficiência grandes volumes de
leite nutritivo a cada lactação e são grandes o suficiente para ter um alto valor residual
quando suas longas vidas produtivas finalmente chegam ao fim. Além disso, seus
bezerros saudáveis, nascidos a cada ano em intervalos regulares de parto, são vigorosos
ao nascer, crescem rapidamente e aqueles que não são mantidos para reprodução e
reposição de rebanho obtêm ganhos eficientes e constituem carcaças com classificações muito positivas.

Características Notáveis
  • Eficiência da pastejo
  • Potencial de reprodução
  • Resistência a doenças
  • Facilidade de parto
  • Intervalo de partos
  • Qualidade do leite

História

Desde há muito tempo, os entusiastas da Shorthorn consideravam a raça notável por sua
capacidade de produzir leite e carne de forma lucrativa.

Uma das mais reconhecidas raças do mundo, o gado Shorthorn originou-se no nordeste
da Inglaterra, no Vale do Rio Tees. Grande parte do antigo trabalho de melhoramento
genético ocorreu nos condados de Northumberland, Durham e York.

O tipo de Shorthorns mais numeroso ocorre nas Ilhas Britânicas, na América e na
Austrália e apresenta coloração vermelha, ou vermelha e branca, ou apenas branca, ou
ainda roan, uma mistura do vermelho e branco, não encontrada em nenhuma outra raça
de gado. O Shorthorn Leiteiro é reconhecido por sua versatilidade. Trata-se de um
animal dócil que converte ração em leite de maneira eficiente e tem uma longa vida
produtiva, ao final da qual estas grandes vacas têm um alto valor residual.

Shorthorn Leiteiro nos Estados Unidos

A primeira importação de Shorthorns para os Estados Unidos ocorreu em 1783, quando
o Shorthorn “Leiteiro” chegou na Virgínia. Essas primeiras importações, muitas vezes
chamadas de “Durhams”, tornaram-se as favoritas dos criadores pioneiros, pelas quais
obtinham carne, leite e energia. Esses pioneiros passaram a registrar a criação do gado
Shorthorn em 1846 com a primeira edição do American Herdbook. Em 1882, a
Associação Americana de Criadores de Shorthorn (ASBA – American Shorthorn
Breeders’ Association) foi formada para registrar e promover tanto o tipo leiteiro
quando o escocês (carne bovina) dos Shorthorns. Em 1912, um grupo de criadores de
Shorthorn Leiteiro organizou o Clube de Shorthorn Leiteiro para operar dentro da
estrutura da ASBA. Seus membros estavam interessados em divulgar as boas qualidades
da raça, fazendo registros oficiais da produção de leite e incentivando melhorias
genéticas.

Uma das primeiras demonstrações oficiais da capacidade de produção do Shorthorn
Leiteiro foi feita na Exposição Mundial em Chicago em 1893, em que duas das vacas
lideraram os testes, a Kitty Clay 3d e a Kitty Clay 4th — esta última obteve o terceiro
lugar em lucro líquido em comparação com todas as demais raças. As vacas irmãs se
tornaram a base para a família de vacas leiteiras de Shorthorns, desenvolvida na fazenda
Glenside, em Granville Center, Pennsylvania.


Genética Nativa

Em 1998, um grupo de criadores de Shorthorn Leiteiro iniciou um movimento para
definir as caraterísticas do gado que seriam incluídas no English Coates’ Herd Book
como puro Shorthorns Leiteiro. Foi uma resposta direta ao crescimento do programa de
Expansão Genética, que ameaça causar uma possível extinção dos Shorthorns Leiteiros
“puros”.

Em janeiro/fevereiro de 2000, o Milking Shorthorn Journal anunciou os detalhes de um
novo programa. Nele, os Shorthorns do tipo English Dairy, importado para os Estados
Unidos da América antes da era Illawarra/Expansão Genética, e o tipo canadense do
Shorthorn Leiteiro, que pode ser identificado sem influência externa no mesmo período
de tempo, seriam considerados qualificados. Animais registrados sob o programa
original Grade-up iniciado por James J. Hill em 1915 também são excluídos. Embora
seja possível considerar que todos os animais “nativos” sejam registrados no English
Coates’ Herd Book, isto não é garantido devido à existência de algumas variações de
Shorthorn americano registradas anteriormente com ascendência desconhecida em seus pedigrees.

Assim, o termo “nativo” foi escolhido para identificar este gado. Esta nova classificação
do Shorthorn Leiteiro foi criada para preservar a valiosa genética antiga, bem como
fornecer uma ferramenta de marketing. Pedigrees de animais identificados com as
autênticas linhas puras seriam designados pela letra “N” como um sufixo em seu nome
de registro.

Em certo momento, defendia-se que existiam apenas 500 desses animais puros. No
entanto, havia uma falha no rastreamento do gado elegível e o número real de
indivíduos com linhas genéticas “puras” provavelmente era muito maior.

Muitos Shorthorns Leiteiros com dupla função se qualificam para a designação “N”,
sendo identificados como puros, da antiga linhagem, registrados como Shorthorns
Leiteiros. As bases de pesquisa da AMSS podem verificar o status de qualquer animal
registrado.

Vantagens da Mestiçagem Cruzada

Aproveite um touro Shorthorn de dupla função para adicionar leite ao seu rebanho de
vacas e, também, como um método econômico para aumentar o peso do desmame.

  • Shorthorns Leiteiros com facilidade de parto média ou alta são candidatos ideais para
    cruzamentos.
  • A Colorado State University está desenvolvendo um Programa EDP
Registro Duplo

O programa de registro duplo funciona em conjunto com a American Shorthorn
Association (ASA). É para criadores que desejam aumentar a comercialização de seu
gado Shorthorn Leiteiro. Neste programa, os animais elegíveis podem ser registrados
nos livros genealógicos da AMSS e da ASA.

Qualquer criador pode enviar uma taxa de US$ 50,00 para a ASA pela liberação de
informações para a AMSS. O criador também deve enviar um pedido de registro ao
departamento de registro da AMSS. Após a confirmação da ASA de que a taxa foi paga,
o pedido de registro será confirmado.

Se aceito, o animal será inscrito no Apêndice do Livro de Registros com a letra “S”
após o nome. O animal também recebe um número de cinco dígitos. Qualquer
descendente de um Shorthorn Leiteiro também registrado no Apêndice AMSS pode ser
inserido no Herdbook completo do AMSS com o sufixo “S”.

Se um criador quiser registrar duas vezes um Shorthorn Leiteiro no livro de registros da
ASA, deve pagar uma taxa de US$ 50,00 à AMSS pela liberação das informações. O
certificado de registro oficial também deve ser apresentado ao escritório da AMSS no
momento da transferência.


©2023 American Milking Shorthorn Society